A fabricação artesanal de queijos cresce e aparece no País, ganhando lojas especializadas e os melhores restaurantes nacionais

Os franceses costumam dizer que existem mais tipos de queijos catalogados no país que dias do ano para consumi-los. No Brasil, ainda não chegamos lá, mas temos trilhado o mesmo caminho: em lojas especializadas, corners inteiros de empórios, feiras ou nos cardápios da cidade, a produção artesanal nacional tem ganhado cada vez mais espaço.
"Não me atrevo a dizer que temos um queijo para cada dia do ano, mas vamos chegar lá rapidamente", diz Bruno Cabral, pesquisador do assunto e dono da loja Mestre Queijeiro, charmoso espaço no bairro de Pinheiros, em São Paulo.
Os queijos mineiros deram o pontapé nessa história: o Canastra virou uma celebridade nacional, aumentando a procura, as possibilidades de consumo e, com isso, a fabricação. Criaram-se discussões sobre técnicas, legislação para comercialização e oportunidades para a produção artesanal em diversas regiões do País.
O interesse pelo consumo do Canastra, que há cinco anos era quase impossível de ser encontrado fora de Minas Gerais, fez expandir esse mercado em geral. O laticínio brasileiro deixou de ter uma produção familiar caseira, com poucas possibilidades entre frescos e curados.
Os fabricantes artesanais utilizam agora técnicas mais apuradas, buscam inovação, prezam por uma matéria-prima de qualidade, rigor nas condições de higiene, no cuidado com o gado e, principalmente, têm feito cada vez mais experimentações. "Essa é a coisa mais interessante sobre o nosso queijo.
Na Europa, o volume de produção é muito maior, então, usa-se mais maquinário. No Brasil, tudo é ainda bastante manual, com um método que é só nosso, deixando os produtos com um sabor único e você me diz QUAIS SÃO SEUS QUEIJOS FAVORITOS?